domingo, 13 de novembro de 2011

queimo a ponte
por onde me alcançarias

faço-te um favor -
podia accionar o isqueiro
quando estivesses a atravessar

[podia]

construí e percorri sozinho
a ponte de madeira

[desmembrei a carnadura
e o esqueleto da minha casa

e as traves e o tabuado
que me albergavam
são agora um caminho
lasso - sem retorno]

o muito que se poderia fazer
com gasolina azul de 98 octanas

[pensam o cínico e o joker
ambos de bocas rasgadas]

por isso farei o que quero
e farei o que posso
acabado o último cigarro

DV

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